Site meter
Matisse

Maria&Matilde
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Palavras procuram-se
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Não vá o diabo tecê-las



Valha-me isso
Estou em trabalho e a responsabilidade às vezes provoca-me cólicas...um horror! Normalmente não é assim...mas desta vez é...
É injusto, mas tem que ser.... As vezes o meu trabalho castiga-me...espreito o mar e queria sair pela janela a voar... mas depois penso que amanhã tenho que entrar, pelos meus próprios pés, na sala de formação...penso melhor e recuo, volto para o meu regime de clausúra...pelo menos inspirei a noite, ouvi o silêncio...Valha-me isso!!!
domingo, 25 de novembro de 2007
És o máximo...
Um dia, predisseram-lhe o futuro, mas ele, sempre céptico, nunca quis acreditar em ciências divinatóroias...
Já não destinguia bem, claro está! Seria da música que estava demasiado alta? Ou do fumo espesso?
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
As nossas mãos
domingo, 18 de novembro de 2007
Diálogo
-Vai haver sempre um sabor a vazio nos teus beijos e um rasgo de paisagem desértica no teu olhar
Ela desviou a face, sorriu vagamente e respondeu numa voz sumida...
-Querido, nada é definitivo...
No limiar do real

-Estás a deixar arrefecer o café-disse ele, apenas para cortar o silêncio que se instalara...
-Devias saber que gosto dele frio- respondeu-lhe ela, sem que os olhares se cruzassem, num tom de indiferença, enquanto compôs uma mecha de cabelo desalinhada sobre a testa...
Claro que ele sabia, mas a luz fria e branca de inverno cedia ao entardecer...e o sol era engolido naquela imensidão de água...Ela recordaria aquele momento sim, mas para já ainda não desconfiava de nada e iria demorar a perceber..."também o tempo precisa de tempo"-diria mais tarde.
Não há urgência, nem brisa, nem sinais de maré...os ponteiros do relógio param e tudo fica irremediavelmente imóvel...não interessa que exista ainda consciência do que se passa e dos acontecimentos que se irião precipitar..
Saudades do futuro

Também ela tinha uma série de sonhos em suspenso...e lembrava-se bem, o momento preciso em que tudo de repente mudou...e o tempo interior passou a arrastar-se no ritmo inverso da vida...como os relatos das estórias de encantar...
E o futuro? Mas que futuro? Conhecia apenas os dias que se sucediam como as contas de um rosário, como missangas de um colar...uma certas, outras irregulares mas todas seguidinhas...e de repente sentiu saudades do tempo em que conhecia o futuro...
sábado, 17 de novembro de 2007
Fica para outra vez...
Hoje estava sonolenta, levantei-me com o propósito de escrever...escrever o quê? Pois é, o que quer que fosse ainda estava muito indefinido, vago, provavelmente ainda a germinar, a aguardar o momento... e apeteceu-me ter um destes dispensadores, em que, a troco de uma simples moeda, eu pudesse fazer sair uma fiadinha de palavras, pimba ou não, para introduzir aqui no blogue...
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Fernando Pessoa, Eros e Psique...

Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida.
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.
E, ainda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
Fernando Pessoa
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Alice e o gato
- Isso depende muito de para onde queres ir – respondeu o gato.
- Preocupa-me pouco aonde ir – disse Alice.
Lewis Carroll
Concordo com tudo e tenho que treinar, no contexto do meu trabalho, a operacionalização dos objectivos e toda uma estrutura de argumentos, regras, exercícios e blá blá blá blá…...vou dispensar-me de contar tudo aqui...
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Love me or love me not
A minha relação com Africa é inexplicável...mas bem no fundo, no fundo sabemos que, se procurarmos as causas das coisas, tudo é explicável e explicado, tudo está carregado de sentido e significado, porque "o coração tem razões que a razão desconhece" e estas normalmente são sempre fortes, muito fortes....Mas posso afirmar que é uma relação muito antiga, quase tão antiga como eu, de facto até mais antiga do que eu...e remonta a duas gerações anteriores...Não posso esquecer as estórias de família, repetidas vezes sem conta, pela voz da minha querida avó mas também pelos pais e tios...Tudo documentado em álbuns de fotografias e objectos que constituem para mim autênticas preciosidades...relíquias que estimo e prezo, percebe-se bem porquê…
Africa, viver em Africa, fez sempre parte do meu imaginário de criança, de adolescente e de adulta...nasci e cresci com o coração virado para sul...e é para sul que me oriento sempre...não há volta a dar...gosto daquelas latitudes...do calor e dos cheiros, dos sabores e do ar, das cores e dos sorrisos, da crianças e das paisagens infinitas, de horizontes para lá do que adivinhável...
E se é frequente perder o Norte, certamente que sim, não será fácil perder o sul, com certeza que não...e sabemos bem que as relações idealizadas estão carregadas de romantismo e fantasia e facilmente resistem ao desgaste, ao tempo...
O meu olhar também é peculiar, a prová-lo está a minha câmara que captava sempre outras imagens, percepções, perspectivas e realidades...que em nada coincidem com o olhar dos outros expatriados meus colegas, que estavam e se mantêm por aquelas paragens apenas para ganhar "o seu" ...e os africanos sentem isso, sabem quando o respeito vem de dentro ou é apenas a atitude "politicamente correcta", porque estas coisas sentem-se...vá se lá saber como e porquê...mas eles sabem-no...
Africa é pois uma questão de "love me or love me not", desculpem-me os puritanos da língua, mas estou a escrever under english influence...mas também posso traduzir em línguas daquelas paragens, é que aprendi a dizer “Muxima wami wa Angola”, e é verdade, mais “Muxima wami wa Africa”...pois é....
Titi, tenho que ir à net para fazer o minha homework
Claro que antigamente não era nada disto! recordo a ardósia, a obrigatoriedade da caneta a tinta permanente, que deixava borrões nos cadernos e manchas entre os dedos...
Para quem não tenha vivido nesses tempos, sempre direi que cantávamos o hino nacional e rezávamos a ave-maria e o pai-nosso como quem recita a lengalenga da tabuada 2x1dois, 2x2quatro, 2x3seis e por ai fora...até parar nos 9x1nove, 9x2dezoito, 9x3vintesete...e 9x10noventa!!! Tudo o que desejávamos era que chegasse o NOVENTA!
A única diferença entre essas actividades colectivas e em coro, é que cantavamos a tabuada sentados, enquanto as rezas e o hino impunham que permanecessemos imóveis, de pé...e conforme o caso, fizessemos um ar compenetrados de pequenos beatos ou de minituras de heroís nacionais.
Naquela altura, se estivessemos nas nossas carteiras de madeira a fazer os trabalhos, tinhamos que nos levantar, sempre que um adulto entrasse na sala e, mantermo-nos de pé, em sinal de respeito, até nos ser dada permissão para sentar de novo.. Escusado será dizer, que um adulto era sempre respeitável...
Ainda havia as idas ao quadro, aí, era mesmo desejável que acertassemos, que encotrassemos as palavrinhas certas ou o números correctos, dali de cima do estrado, sentiamo-nos ainda mais minusculos e vuneráveis, expostos a todos, objecto de tantos pares de olhos atentos e mesmo ao ladinho da régua...sim, havia régua e não tinha um mero efeito intimidativo, era mesmo para usar, e era usada...e um dos piores momentos foi certamente testemunhar as réguadas aplicadas aos nossos colegas e amigos e não poder dizer ou fazer nada...fazia-nos a todos cumplices da humilhação...
Ficávamos sem intervalo...mas o pior era que o castigo com frequência se prolongava para casa, bastando um pequeno recado no caderno, e lá tinhamos nós num "hoje não brincas", "não vês desenhos animados", "não isto e aquilo" após um dia que não tinha corrido especialmnte bem ...
Os adultos estavam todos feitos uns com os outros e legitiavam-se uns aos outros, até davam uma "conotação afectiva" aos seus actos de violência..."se bate é porque se importa contigo..." e porque o complô entre os professores, os pais e a sociedade...tinha a nobre missão de transformar meninos maus em meninos bons...e sim, eles tinham a formula...e não era uma tarefa simples!!!
E era bom que o processo de conversão do meninos maus em meninos bons tivesse êxito, porque a haver qualquer falha e, apesar do esforço dos "grandes", se nós na altura tão crianças teimassemos em ser maus, mais tarde iriamos presos para trás daqueles muros assustadores e cinzentos com raras visitas da família e quando moressemos o destino implacável seria bem pior, pois niguém nos poderia livrar de arder para sempre no fogo do inferno sem fim, de labaredas ávidas....num castigo interminável...e sem direito a visitas...ponto final.
Por isso, sorri quando a "minha" Ana me põs fora do computador e disse num português quase irrepreensivel "Titi, tenho que ir à net para fazer o minha homework"...
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Florbela Espanca, Inconstância
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...
Florbela Espanca, Se tu viesses ver-me...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca, Ser Poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
domingo, 11 de novembro de 2007
sábado, 10 de novembro de 2007
Manha no parque
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
A menina da flor de agua doce

Em 1985, o seu rosto e o seu olhar verde percorreram o mundo, na capa da revista National Geographic, tornando-se um símbolo de sofrimento, dignidade e resiliência do seu povo... Mas da "menina afegã" nada se sabia...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Eu fui a 227446ª assinatura, e tu?
Um artista da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão vadio faminto numa galeria de arte. O cão estava preso por uma corda curta. Ninguém alimentou ou deu água ao pobre cão que morreu durante a exposição. Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008". Existe uma petição onde é pedido que ele não receba este prémio.
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Para que lado gira a mulher?

Clique em cima da imagem e diga para que lado gira a mulher? No sentido do relógio ou em sentido contrário ao do relógio???
Nem bom vento, nem bom casamento?
Conheço alguns bons exemplos de militância masculina a favor da igualdade de género...felizmente! mas muito me entristecem os vulgares exemplos pró machistas de mulheres...
Poco a poco, va surgiendo una voz diferente. Los hombres por la igualdad estamos consiguiendo que nuestro mensaje llegue a más sectores de nuestra sociedad. Para ello, es muy importante que seamos capaces de construir, entre todos, un nuevo referente de masculinidad, basado en valores como el respeto, la igualdad, la solidaridad y la no violencia. Un mensaje que diga y nos diga que otra forma de ser hombre, es posible.
Tras la positiva experiencia del año pasado, en que vivimos la primera manifestación de hombres contra la violencia machista, en 2007 han surgido diferentes convocatorias de hombres por la igualdad contra la violencia de género. Nos felicitamos y felicitamos a los compañeros que a lo largo de todo el Estado, se están implicando en esta actuación social tan necesaria.
Varias ciudades acogerán estos actos: Sevilla, Madrid, Santiago, León, Barcelona, Málaga, Córdoba, Granada… y más.
Consistirá en la composición de una rueda de hombres y\nla lectura de un manifiesto. El lema específico elegido es: "VIVAMOS SIN\nVIOLENCIA". La convocatoria se plantea con dos objetivos:
En Málaga, haremos una RUEDA DE HOMBRES CONTRA LA VIOLENCIA MACHISTA, el próximo sábado, día 20 de octubre a las 19:30 horas en la Plaza de la Constitución.
Consistirá en la composición de una rueda de hombres y la lectura de un manifiesto. El lema específico elegido es: "VIVAMOS SIN VIOLENCIA". La convocatoria se plantea con dos objetivos:
- Hacer visible a la sociedad y, especialmente, al colectivo masculino, la existencia de hombres que trabajan activamente por la igualdad y contra la violencia machista.
- Invitar a los hombres a que participen en la próxima manifestación contra la violencia de género del 25 de Noviembre.
Esperamos contribuir a un cambio social. Queremos un mundo en que los hombres contemplemos el problema de la violencia ejercida sobre las mujeres, como un asunto propio en el que hemos de implicarnos sin reservas.
Todos y todas hemos de posicionarnos claramente contra la violencia de género.
Todos y todas ganamos con la igualdad.
Nos vemos el sábado, día 20, a las 19:30 horas, en la Plaza de la Constitución (Málaga)
Onde é que isto vai parar?
São os tempos, os efeitos do Tratado de Bolonha a desafiar as instituições e os professores, mas acima de tudo, a criarem oportunidades novas aos alunos...propondo uma mudança de paradigma na relação entre os actores e os saberes, em que os estudantes passam a ser o centro do mundo mágico que é a aprendizagem...E eu sou reconhecidamente PRÓ...e por isso é um privilégio militar a favor do empreendedorismo com estes jovens universitários...
E comecei o seminário com um pedido à minha plateia...
É assim que introduzo o tema "Um olhar sobre a liderança..." foi assim que lhe chamei...Mas não faço isto apenas como um icebreaker, porque é giro e está tão na moda...mas porque é muito importante que as pessoas actuem em função daquilo que já sabem...é que isto está mesmo a mudar e não vai parar...
Por exemplo, hoje como o meu computador estava preguiçoso, comecei o dia a desfragmentar o disco...
E agora deixo aqui a pergunta "quem é que desfragmentou o disco do computador na última semana?"
terça-feira, 6 de novembro de 2007
MSN
Casada...mas pouco
No meio das garfadas e gargalhadas lá fomos acertando o passo à vida...tantas novidades e surpresas...ele com duas "ex's" e avultadas pensões de alimentos a pagar...eu mais comedida mas já com um trunfo...um neto mais velho que o seu filho mais novo...fomos saltando de estória em estória, quando de repente começou a trovejar...não conseguimos chegar a tempo aos nossos carros e ficámos literalmente encharcados...a ponto de, na sua versão, as mangas do blazer terem encurtado de tal forma que não pode mais vesti-lo...
Os colegas despediram-se e ainda ficámos no enredo das ex, dos filhos, dos desafios profissionais, e quando nos preparávamos pela milésima vez para sair, pedimos a conta e, começámos nos "pago-eu", "não-eu-é-que-pago", quando entrou o Dr. Silva, chamemos-lhe assim, que eu não conhecia pessoalmente, companheiro e suponho que também às vezes rival de lides partidarias, desportivas, autarquicas, sabe-se lá de que outras mais...do meu amigo...
Após as apresentações e as habituais deferências apercebi-me que estava a falar comigo na convicção de que eu era a 2ª ex do meu amigo...que por acaso, tem a mesma actividade profissional que eu...Fosse esse o motivo ou qualquer outro, a verdade é que o Miguel não desfez o equívoco e eu achei a situação divertida...de tal forma que, quando me foi acompanhar ao carro, desfizemo-nos em sonoras gargalhadas... E eu perguntava:
-Que mal fiz eu para merecer estar casada contigo? Como é que não desconfiou que estavamos bem dispostos demais para sermos casados?
Mas mentiras têm a perna curta... e há uns tempos atrás estava eu com um grupo de amigos quando avisto o Dr Silva e me apercebo de que está a aproximar-se...
-Olá Dra. que prazer...então e o marido, não veio?
-Não, Dr. tem trabalhado tanto que mal o vejo....
- Pois, sei bem o que é....
E dito isto, sinto o olhar da mesa em cima de mim...Apeteceu-me dizer-lhes...por favor, sejam discretos...
E foram, ninguém ousou perguntar a que marido se referia, afinal há anos sem conta que não me é atribuido nenhum, nem mesmo pelas piores línguas da cidade...Não houve comentários...só uns risinhos contidos...
De cada vez que saio, tremo...não venha o Dr. Silva querer noticias do meu marido...é que sinceramente não tenho!!!
Quanto ao Miguel, de vez enquando telefona e pergunta, com a sua pronuncia inconfundível do norte:
-Então como vai a minha legítima?
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Parabéns,David

Não mude de óculos...
É claro que eu gosto de ser apaparicada..., todas gostamos, atrevo-me a avançar .... todos gostamos, porque não me venham cá com as diferenças de género relativamente à nossa necessidade de afago...é bom, claro que é...prá menina e pró menino!!!
Mas também tenho consicência da realidade...
E a realidade, é que somos todos uns adultos fantástico-e-mais não-sei-quês mas acima de tudo muito humanos e terrivelmente mortais...basta uma insignificante bacéria sem nome e "ai jasusssssssss"
Acima de tudo, ele é um cavalheiro, e claro está, noblesse oblige...
Às vezes tento refutar, mas agora decidi não contrariar...mais, até lhe vou pedir para nunca mais voltar ao oftalmologista e sobretudo "não mude de óculos..."
Bem se ele um dia chegar a ler este texto, o que eu espero....quero agradecer e retribuir-lhe, sim porque ele para mim também é todo especial...
Podemos empatar? Então, aqui ficam beijinhos....Já agora pode deixar um comment....se assim enteder...Ah ah ah
Alex, new babby
Emocionalmente correcta

Hoje fiz-lhe esta surpresa, chamei-a e disse "Conceição, já estás na Internet"
E ela respondeu"Olhem bem onde é que eu já vou..." e selou o acontecimento com um abraço!!!
A minha amiga-borboleta

A Naty desenvolveu uma cancro fatal, daqueles que se aproveitam das hormonas, na fase pos parto e que constituem uma bomba-relógio silenciosa...Quando ela o detectou era tarde demais e havia detonadores espalhados pelo corpo todo...
Conheci-a já doente e a minha aproximação foi sempre com o intuito de a ajudar, sabendo que tinha escassos amigos em Portugal...e que se sentia muito mal com os tratamentos da quimio que repetiu diversas vezes... Comentava-se que a Naty já tinha excedido em muitas vezes o terrível veredicto do Prof Oliveira e que era referida sempre como um exemplo, um milagre, um caso de "fé", sei lá mais quê...
Mas apesar de tudo a Naty transpirava alegria e não obstante não ter cabelo, estar enjoada e ter consciência da evolução da doença, espalhava sorrisos e contaminava todos com a sua generosidade mpar e a sua beleza invulgar ... a sua presença era muito intensa.
Tenho que confessar que às vezes me custava pensar nisto tudo, fazer uma amizade que me prometia um sofrimento a tão curto prazo e que me prepararava sempre emocionalmente para os nossos encontros no sentido de lhe dar esperança, energia, um conforto, a palavra certa e se tudo falhasse o meu ombro...mas tal nunca aconteceu...foi sempre ao contrário...
Quando ia visitar a Naty, ela tinha tudo preparado ao milimetro..."we are going to pamper ourselves"...sim que a vida é curta , tão curta, "temos que aproveitar Ana Cristina..."
Relação feliz

É sempre muito imprevisível mas sentimos que arranjamos novas formas de nos divertir...
Eu própria me admiro com as nossas figurinhas...e pensar que andamos por aí...felizmente suficintemente irreconhecíveis, mas nunca se sabe....
Quem nos conhece não pode assegurar qual de nós é o mais infantil, quem é quem nestes jogos de faz-de-conta, mas isso tem alguma importância?
Estas considerações todas porque num dia destes , em contexto profissional, fiquei chocada com o relato de uma jovem mãe, que estando a contrariar a filha de 6 anos, para que esta se fosse deitar, a miúda terá respondido:
Um segredo
2 - Estás com pressa? lê a 8
3 - És tão curioso, lê a 9
4 - Olha é o seguinte... é melhor leres a 15
5 - Eu não tenho coragem, por isso, lê a 17
6 - Gostaria de te falar, mas é melhor leres a 16
7 - Eu conto, mas... lê a 2
8 - É tão simples, por isso lê a 4
9 - Nao fiques nervoso, é uma questão de..., lê a 18
10 - Ainda não, mas... lê a 19
11 - Estás a ficar cansado, relaxa ... lê a 13
12 - Como eu estava a dizer... lê a 3
13 - Estás quase, quase a saber, lê a 20
14 - Gostava de jantar contigo, aceitas?
15 - Estás tão tenso, plizzzzzzz, lê a 6
16 - Tu ainda não entendeste não é? lê a 12
17 - Ah!! Estou com vergonha, lê a 7
18 - Eu nao sei se tu vais entender , lê a 10
19 - Lê a 11 com calma e saberás
20 - Agora eu conto, lê a 14, mas bem baixinho sim?!
citações
VanGogh
"Alguns casamentos acabam bem, outros duram toda a vida"
Woody Allen
"As emoções são contagiosas"
Daniel Goleman
"Sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança"
António Gedeão
Mesquinho é quem não soube amar, nem jamais provo a embriaguês do amor
Birds of a feather, fly together
I'm astounded by people who want to 'know' the universe when it's hard enough to find your way around Chinatown. (Woody Allen)
Há três coisas que não envelhecem: a integridade, o senso de humor e a ternura.» Yves Montand
"We cannot become what we need to be by remaining what we are."
Se fizeres o que sempre fizeste terás o que sempre tiveste.
O dia pior gasto de todos é aquele em que nós não rimos.
S Chamfort
Só aqueles que arriscam ir demasiado longe ficarão a saber até onde podem ir.
T. S. Elliot
O mundo é redondo, por isso aquilo que às vezes nos pode parecer o fim, é afinal o princípio.
Sê a mudança que gostarias de criar.
(Ghandi)
Como melhoram as pessoas depois de começarmos a gostar delas!
(Grayon)
A alegria não está nas coisas, está em nós.
Goethe
Se queres ter uma qualidade comporta-te como se já a tivesses.
William James
A maior descoberta da minha geração é a de que os seres humanos podem alterar as suas vidas alterando as suas mentes .
William James
A qualidade das nossas vidas depende da qualidade dos nossos pensamentos.
Marcus Aurelius Antonius
O segredo não está em dar as respostas certas mas sim em fazer as perguntas certas.
Na minha maneira de ver, se quisermos o arco-íris, temos que aguentar a chuva.
Dolly Parton
A nossa maior glória não está em nunca cairmos, mas sim em nos levantarmos de cada vez que caímos.
Confúcio
Tudo aquilo que buscas encontras; aquilo em que te esforças, floresce…
Louise Hart
Sucesso é conseguir o que se quer; felicidade é gostar do que se consegue.
Lawrence J. Peter
A felicidade é uma escolha consciente, não uma resposta automática.
Milred Barthel
A confiança, como a arte, nunca advém de ter todas as respostas; vem de estar aberto a todas as perguntas.
Earl Gray Stevens
A vida não examinada não merece ser vivida.
William Shakespeare
Pensar apenas no melhor, trabalhar para o melhor e esperar
só o melhor.
Christian D. Larson
domingo, 4 de novembro de 2007
É mesmassim - o meu blogue e eu
Mas a minha estória com o Mário merece ser contada...emociona-me muito. Ele sabe simplesmente transformar os meus pesadelos em folhos ...desde um tempo em que eu ainda não tinha completa consciência de existir...e estará na minha vida até ao fim do meu percurso, à distancia, via skip, gmail, telepaticamente...o que for! Já o avisei!
Em Africa, mais precisamente em Moçambique, a minha mãe adoeceu gravemente. Foi hospitalizada e eu fui entregue aos cuidados da tia Belinha...mãe do Mario e de mais 3...e desde então também minha...É dificil falar disto sem me comover...Durante todo o tempo da convalescença da minha mãe, que corria risco de vida, eu fiquei em casa da famlia Pinhal, na Beira, integrada nas rotinas, nos carinhos e brincadeiras...como uma filha...A Bi era e a única menina até então e por isso sentia ciúme da intrusa e perguntava "Oh mãe, quando é que esta miuda vai para casa dela?"
E regressei a casa porque a minha mãe sobreviveu...eu acho que não tive consciência de nada disto...brincava com o Mário tranquilamente...e ele impedia-me de eu ir para a água...temos um filme desse tempo...eu obtinada a insistir, ele a travar-me o caminho, protegendo-me do perigo de me afogar...
Quando a minha mãe me foi buscar deve ter tido um choque terrivel porque eu me recusava a ir, e chorava que queria a mamã...que era simplesmente a minha tia Belinha...e claro o resto da cachopada, especialmente o Mário...Eu não tenho registo desse momento, mas o Mário tem, ele também funciona como uma memória colectiva, recorda-se ainda da cena em pormenor em que os meus pais me foram buscar!
Passamos anos sem nos ver...mas continuamos almas-gemeas. Não há nada a fazer. Somos irmãos ...
Desde então ele insiste em não deixar que eu me afogue, trata-me por "menina", "princesinha dos folhos" contagiando-me sempre com as melhores emoções, restituindo-me a serenidade nos momentos conturbados, apaziguando as minhas dores, cicatrizando as feridas profundas...com o seu o enorme bálsamo da amizade incondicional...e muito, muito mimo...
E foi assim, que o Mario me conduziu até ao meu blogue...E agora, como é? Quando é que me visitas, pá?
Poema II, Alberto Caeiro
sábado, 3 de novembro de 2007
Obrigada Paulinha!!!

O principezinho, por mim própria

O principezinho, Antoine De Saint-Exupery
Foi então que apareceu uma raposa .
- Olá, bom dia! disse a raposa.
- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o princepezinho...
-Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou... Andas á procura de galinhas? (diz a raposa)
Não... Ando á procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?
... Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
Laços?
Sim, laços - disse a raposa. - ...
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo... Tenho uma vida terrivelmente monótona... Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol. Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti...
-Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa. - Os homens, agora já não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E o que é preciso fazer? - Perguntou o princepezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto... Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...
Foi assim que o princepesinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar...
... Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
Depois acrescentou:
- Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo.
O princepesinho lá foi... - vocês não são nada disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês... - não se pode morrer por vocês...
... A minha rosa sozinha. vale mais do que vocês todas juntar, porque foi a ela que eu reguei, que eu abriguei... Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, ás vezes calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para ao pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. - vou-te contar o tal segredo. É muito simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos... Foi o tempo que tu perdes-te com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...