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Matisse

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Maria&Matilde

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O ambiente de trabalho do meu computador é um jardim


O jardim de Miró é a imagem que escolhi para fundo do ambiente de trabalho do meu portatil...

Para mim é um quadro mágico que convida a imaginação a passear pelas flores e pássaros dum espaço encantado, dum jardim vibrante de cores e emoções...cheio de movimento e impregnado de uma alegria vital.

Tornou-se num sítio importante para mim porque o visito diariamente e muitas vezes ao dia...a cada click no ON que faço no computador...

Antes de ver quem quer que seja, o primeiro local que visito é este jardim que me transmite energia e força...e é aqui também que me despeço do dia, normalmente tarde com as tonalidades que podem colorir os sonhos...

E por isso este quadro é uma preciosidade que muito estimo, ao entrar feliz num novo dia, ao me despedir feliz dum dia que vai dar lugar a outro...

Mas nunca pensei que pudesse ser desadequado... Nem nunca tal me ocorrria...

Só que há uns tempos, um querido amigo a quem pedi ajuda para um problema informático, ficou chocado...não haveria pior escolha...os icons confundem-se com os múltiplos detalhes e perdem-se no cromatismo do quadro!!!

Fiquei a pensar...as opiniões dele são sempre valiosas e o que disse é lógico...mas mesmo assim sinto que me agrada ter que descobrir os icons dos meus ficheiros entre pétalas, estames, flores, flolhas e pássaros, parte integrante deste cenário vibrante...Parece-me bem...

R..., como é que um jardim pode ser um sitio desadequado?

Paris é sempre Paris


Paris é Paris...

Vale sempre a pena percorrer a pé, com os sentidos todos alerta, despertos, ávidos...

Paris é sempre surpreedente, tanto na grandiosidade dos monumentos, boulevards e jardins como no aconchego quente das brasseries e bistrots...numa pausa para un café et un croissant...

E se é certo que todos os sítios devem ser bons para namorar, porque quer queiram quer não os mais azedos, os desistentes, os moralistas, os impedernidos, os invejosos da felicidade alheia... o amor faz bem, dá saúde e faz crescer...mesmo assim há sitios e sítios... há locais melhores que outros...

Dizia eu, que todo os espaços são bons para as coisas boas, e o amor é a melhor de todas, não conheço nenhum sítio melhor que esta cidade de pontes, de praças, de boulevards, de recantos, de palácios, de museus, de alfarrabistas, de mercados, de viagens de barco no Seine, de surpresas permanentes que enternecem e cortam a respirção...em que a curiosidade cresce à medida que vamos descobrindo sempre novas facetas ou revisitando os lugares onde queremos voltar sempre.

Mas Paris também uma cidade de pessoas, pessoas que exibem a diferença de mundos que se tocam e cruzam, de pessoas que celebram de mãos-dadas o amor, como nos sussurros da Françoise Hardy "et la main dans la main..." e claro que gosto de ver pessoas felizes, apaixonadas, a beijarem-se, a entrarem uma pela outra... se houver sol, tanto melhor! Mas mesmo na chuva continua a ser bom, muito bom...


Paris é e será para mim a cidade do amor, mas mesmo sem romance à vista...Paris é Paris!

Ainda Vinicius de Moraes

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.
Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Gostaria de ter sido eu a dizer mas foi Vinícius de Moraes

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados... Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos... Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

Vinícius de Moraes, Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Até um dia meu anjo)

Vinícius de Moraes

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não

A outra e o outro trabalho


Tenho saudades dele...em férias, lembro o stress das manhãs apressadas no trânsito frenético, quando estou ociosa ao sol, farta da preguiça...nessas esplêndidas manhãs de luz sem objectivos, com que sonho todo o ano.

Workoolic pois...mas a realidade é que não sei quem seria se fosse outra coisa qualquer na vida... não seria esta concerteza, seria outra...a outra com outro trabalho!

E depois queixo-me circunstacialmente que trabalho demais...que tenho que me controlar e autodisciplinar para não exagerar, que é TOO MUCH!!! Em conversas politicamente correctas...gosto de me ouvir a falar assim...


Mas secretamente desejo ter sempre muito trabalho, uma vida preenchida com desafios, uma longa vida profissional que me traga novidades sempre renovadas...e obrigue a crescer sempre e envelhecer muito devagarinho...apenas o inevitável...sem me aperceber totamente que o tempo passa, passa tão rápido!!!


Gosto assim, é claro.E conheço pessoas, aprendo coisas, descubro outras, numa troca incessante de conhecimentos, experiências sempre com muitas emoções, cheias de afectos e tanto divertimento! E por isso gosto dele e gosto que goste de mim...


E depois...Opps... lá estou com problemas de agenda...outra vez? Não! Sim. O meu instinto é querer fazer, ir a todas, gerir os dias ao sabor de pressas e acelerar daqui para ali, um andarilho permanente, com entusiasmo..muito entusiasmo...mesmo que às vezes me queixe...porque não há relações perfeitas e fica bem lamentarmo-nos um pouco.


É claro que não seria eu, se ele não fosse este, se fosse outro. O meu trabaho e eu. Eu e o meu trabalho. Uma relação feliz...Espero que ele continue a procurar-me...a preferir-me...e eu a acenar-lhe...


Ei!!! Estou aqui...

Manda-me um five!

Há pouco tempo eramos donas de casa, não donas das casas...carinhosas mães, deliciosas esposas, esmeradas cozinheiras, impecáveis lavadeiras, cuidadosas brunideiras, amorosas guardiãs do lar...incansáveis!

Depois passamos a ser profissionais...de inicio talvez timidamente, fazendo incursões num território estranho, muitas vezes exclusivamente masculino... e pouco a pouco, passo a passo, conquistando o trabalho, nem sempre uma carreira...seguras!

Hoje estamos aqui no espaço cibernautico com múltiplas personalidades virtuais...emails, Hi5, comunidades de prática, chats, clubes de amizade, blogs...sempre surfando a net, na crista da onda tecnológica...frenéticas!

Nem a wonder woman foi tão longe...E que é feito dela, da supermulher? Pesquisei a net e fiquei chocada...não lhe encontrei nenhum blog nem a encontrei nos perfis do hi5...não deve ter existência, por isso...Ou então deve estar envergonhada, em casa, gorda, a tratar do superhomem e dos supermeninos!!! Os seus poderes tornaram-se insignificantes...agora só mesmo a reconversão profissional num programa de novas oportunidades...Fiquei preocupada...por solidariedade feminina, que eu acho que ela não merece grande respeito...foi um péssimo role model! Agora amarga!
Vá lá manda-me um five!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Joan Baez, Diamonds and Rust - Live, 1975

Baez e BobDylan uma relação de Diamantes e ferrugem...inesquécivel
Joan Baez, Diamonds and Rust - Live, 1975

Jacques Brel - Ne Me Quittes Pas

Ne me quitte pas


Ne me quitte pas
Il faut oublier

Tout peut s'oublier

Qui s'enfuit déjà

Oublier le temps

Des malentendus

Et le temps perdu

A savoir comment

Oublier ces heures

Qui tuaient parfois

A coups de pourquoi

Le coeur du bonheur

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


Moi je t'offrirai

Des perles de pluie

Venues de pays

Où il ne pleut pas

Je creuserai la terre

Jusqu'après ma mort

Pour couvrir ton corps

D'or et de lumière

Je ferai un domaine

Où l'amour sera roi

Où l'amour sera loi

Où tu seras reine

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Je t'inventerai

Des mots insensés

Que tu comprendras

Je te parlerai

De ces amants-là

Qui ont vue deux fois

Leurs coeurs s'embraser

Je te raconterai

L'histoire de ce roi

Mort de n'avoir pas

Pu te rencontrer

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
On a vu souvent

Rejaillir le feu

De l'ancien volcan

Qu'on croyait trop vieux

Il est paraît-il

Des terres brûlées

Donnant plus de blé

Qu'un meilleur avril

Et quand vient le soir

Pour qu'un ciel flamboie

Le rouge et le noir

Ne s'épousent-ils pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Je ne vais plus pleurer

Je ne vais plus parler

Je me cacherai là

A te regarder

Danser et sourire

Et à t'écouter

Chanter et puis rire

Laisse-moi devenir

L'ombre de ton ombre

L'ombre de ta main

L'ombre de ton chien

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas